Compositor: Opeth
Verão branco. Tão longe eu fui para te ver novamente
Escondendo teu rosto na palma de tuas mãos
Achando conforto nas palavras que eu repudio
Estás atenta a qualquer som
E, mesmo que acredites
Que estou acorrentado à morte
As lembranças estão estragadas pela palidez
Imobilidade desapontada
Aqueles olhos
Vazios como um poço contaminado
É a única tarefa que eu assumiria
Colher o plantio que a mim pertencia
A semente que brotara num campo florido
E me deixou indefeso em seu abraçar
O elo do qual nunca falamos
Outrora forte e tentador
Agora transformando-se em cinzas
O toque celestial, do cinza ao preto
Um vácuo imensurável fechando-se em volta
Segredos não escritos debaixo das teias de aranha
Não consigo resistir
E então eu levanto-me de meu sono
A lua deu-me às costas
O prelúdio da noite longa e negra começa
Algo que dissestes
Círculos amedrontadores sobre das águas
Até agora nós dividimos a mesma aura
Minhas cinzas em tuas mãos
Meu hálito no monte sepulcral
Sabes que tua noite é meu dia
A última faísca que assoprou vida em mim
O demônio do outono